Na nossa temporada na Itália, Milão foi a primeira cidade que visitamos. E foi um ótimo lugar para se ter uma primeira impressão do país, tanto para as coisas boas quanto para as não tão boas assim…
Milão é uma comuna italiana, capital da província de Milão e da região da Lombardia. Cerca de 1 milhão e 300 mil habitantes vivem na cidade e se contarmos a região metropolitana, são mais de 7,4 milhões de pessoas. É a segunda maior cidade do país e é conhecida como a capital italiana da moda e design, famosa por suas lojas de grife chiquetérrimas (e caras!), com isso é a cidade perfeita para os apaixonados pelo mundo fashion. A cidade é o centro financeiro e comercial da Itália, mas ao mesmo tempo tem muita história, arte, uma arquitetura linda e muita cultura.
Começamos nosso passeio comendo! Tínhamos acordado cedo e já era quase horário de almoço, então precisávamos “abastecer” antes de começar as andanças pela cidade.
Fomos até o Antica Pizza Fritta da Zia Esterina Sorbillo, para comer, adivinha?! Uma pizza frita! 😀
Gostamos da “novidade” (você já comeu pizza frita?!) e alimentados, nosso passeio começou oficialmente!
Voltamos para a Piazza del Duomo, onde fica o Duomo di Milano, que é a catedral de Milão.
Em estilo gótico, a catedral é muito grande, tem capacidade para 40 mil pessoas. O Duomo começou ser construído no ano de 1386 e demorou séculos para ficar pronto. A cor muito característica do edifício é devido ao mármore branco-rosa de Candoglia usado na construção, que é extraído da região do Lago Maggiore. A igreja tem uma marmoraria própria, de onde ainda hoje saem placas de mármore quando é necessário fazer alguma restauração. Só na fachada, que foi feita em 8 anos por ordem de Napoleão, foram usados mais de 8.000 blocos de mármore.
O Duomo abre das 8h às 19h. Se você quiser apenas ver o Duomo, o preço mínimo da entrada é de 3 euros e nesse ticket está incluído a visita a catedral, ao Museu do Duomo e a Chiesa di San Gottardo in Corte (que fica pertinho do Duomo). Existem tickets separados para visitar o terraço e a área arqueológica e também existem tickets combinados. Nós optamos pelo Duomo Pass B, que custou 12 euros cada e nos dava direito a visitar a catedral, o terraço subindo de escada, o Museu do Duomo a área arqueológica e a Chiesa di San Gottardo in Corte. Existe a opção do Duomo Pass B, que custa 16 euros e a única diferença é que você sobre de elevador até o terraço.
A igreja é lindíssima, tanto por dentro quanto por fora. Na parte de dentro admiramos os belos vitrais, que contam histórias de profetas e santos e que foram retirados durante a Segunda Guerra Mundial e substituídos por placas de madeira.
Visitamos também a cripta de São Carlos Borromeo, onde fica o túmulo do santo, que viveu no século XVI e foi arcebispo de Milão e a área arqueológica onde ficam as ruínas da época romana, da igreja de Santa Tecla e da Basílica de Santa Maria Maggiore.
O terraço é um espetáculo a parte e apesar de termos subido de escada, achamos bem tranquilo, já subimos escadas piores! Lá de cima você consegue ver Milão do alto e apreciar de perto os pináculos e estátuas da catedral.
Ficamos uns minutos descansando no terraço e descemos para continuar o passeio.
Na Piazza del Duomo também está o Museu del Novecento, que foi inaugurado em 2010 e como o próprio nome diz, é dedicado aos anos 1900s, ou seja, à arte do século XX. O museu fica instalado no edifício do Palazzo dell’Arengario, local de onde Mussolini costumava governar. A entrada custa 5 euros. Duas horas antes do museu fechar e as terças-feiras a partir das 14h a entrada é gratuita. Fica a dica para os amantes de museus que querem economizar uma graninha! Para saber os horários do museu, clique aqui (em italiano).
Ao lado do Museu del Novecento fica o Palazzo Reale, que hoje em dia é um centro cultural, mas por séculos foi sede do governo de Milão e residência real. A entrada custa 12 euros. Apenas demos uma olhadinha por fora, já que não tínhamos a intenção de entrar em museus nesse dia.
E, como várias coisas acontecem ao redor da Piazza del Duomo, por ali também está um ícone da cidade, a Galleria Vittorio Emanuelle II. Construída entre 1865 e 1877, tem um teto bem característico, feito de ferro e vidro, e lá estão várias lojas famosas como Prada e Louis Vuitton e também alguns cafés e restaurantes. Durante a Segunda Guerra Mundial foi bombardeada, mas foi restaurada e é um corredor muito elegante que liga a Piazza del Duomo a Piazza della Scala.
Se você for até Milão, passar pela galeria e ver algumas pessoas dando voltinhas apoiadas no calcanhar, não se preocupe, é apenas mais uma dessas “tradições” meio sem sentido que existem por aí, hehe… O chão da galeria é muito bonito e cheio de mosaicos, a tradição/superstição é, colocar o calcanhar do pé direito na região destinada aos testículos do touro (no desenho do mosaico!!) e dar três voltinhas. É meio vergonhoso ficar fazendo isso no meio da galera?! É! Mas é pra dar sorte, então por via das dúvidas, a gente vai lá e faz!!! 😛
Atravessamos a Galleria Vittorio Emanuelle II até a Piazza della Scalla, onde fica o Teatro alla Scalla, uma das mais famosas casas de ópera do mundo.
O teatro foi inaugurado em 1778, e quem mandou construir foi a imperatriz Maria Teresa da Áustria, em 1776, para substituir um outro teatro que existia no local e foi destruído por um incêndio. Ele tem capacidade para mais ou menos 2 mil pessoas. e é uma obra do arquiteto Giuseppe Piermarini.
Pelo Teatro alla Scala já passaram vários compositores famosos, como por exemplo, Verdi. E também tenores e sopranos, como Luciano Pavarotti, Maria Callas, Plácido Domingo, Montserrat Caballé, além de vário bailarinos mundialmente conhecidos. Dizem que quando abre a temporada de ópera, os ingressos são super concorridos, e a dica para quem tem vontade de assistir um espetáculo nesse teatro, é procurar pelas apresentações de balé que são menos visadas.
Existe também a possibilidade de visitar o Museu Teatral do Scala, custa 9,75 euros. Uma outra opção é fazer uma visita ao museu + visita guiada ao teatro, custa €25,75. Essas visitas são em italiano ou inglês, e com horário marcado.
Como já estávamos muito perto, seguimos para o Quadrilátero da Moda ou Quadrilátero do Ouro, um dos centros de compra mais famosos do mundo e uma área muito sofisticada de Milão. As quatro principais ruas do quadrilátero são, a Via Montenapoleone, Via della Spiga, Corso Venezia e Via Manzoni. Na região estão lojas de grife super caras, como Gucci, Valentino, Dolce & Gabanna e também grandes joalherias, hotéis de luxo e restaurantes.
Bom, apenas “passamos” pelas ruas cheias de lojas chiques porque no momento, comprar nessas lojas está fora do nosso alcance. Quem sabe no futuro! 😀
E fomos a caminho do nosso último ponto visitado do dia, o Giardino Pubblici Indro Montanelli, que é o parque público mais antigo da cidade, que foi inaugurado no final do século XVII e tem esse nome desde 2002, em homenagem ao jornalista italiano Indro Montanelli.
Dentro do parque fica o planetário da cidade e também o Museu Cívico de História Natural (a entrada custa 5 euros).
E assim terminou o nosso primeiro dia em Milão, com vários lugares novos conhecidos e a descoberta dessa cidade italiana lindíssima. No final do vídeo (que está logo abaixo) eu falo sobre algo que não nos agradou muito na nossa passagem por lá (nada que prejudicasse o passeio!), então os convido a assistir para saber e principalmente para ver mais detalhes desses locais que citei no post.
Mapa do nosso roteiro pela cidade:
Vídeo do primeiro dia em Milão:
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