Viagem

Glasgow – Escócia – Reino Unido

06/10/2017

Glasgow é a maior cidade da Escócia e a terceira maior do Reino Unido, com aproximadamente 600 mil habitantes.

A cidade se situa às margens do Rio Clyde e no séc. VI era apenas um povoado, se tornando no séc. XVIII num dos principais centros de comércio transatlântico com a América do Norte e a Índia. Com a Revolução Industrial, Glasgow cresceu e acabou sendo uns dos principais centros de engenharia e construção naval.

Duas das coisas que ajudaram a cidade a se desenvolver foi a Universidade de Glasgow (do séc. XV) e o Iluminismo Escocês (séc. XVIII). Entre o séc. XIX e XX, Glasgow chegou a ter mais de um milhão de habitantes, mais nos anos 60, projetos para reassentar parte da população em novas cidades, fez com que diminuísse o número de habitantes em Glasgow.

Começamos nosso dia no estacionamento de uma área de entretenimento chamada The Quay. Sabíamos que era uma área relativamente segura além do estacionamento ser gratuito, então deixamos o motorhome por lá enquanto passeávamos pela cidade.

Do estacionamento, caminhamos um pouco e atravessamos uma ponte para o outro lado do Rio Clyde, onde pegamos o ônibus (X19) em direção a Catedral de Glasgow…

A Catedral de Glasgow é uma catedral medieval e é chamada também por outros nomes: High Kirk of Glasgow, St. Kentigern’s Cathedral ou St. Mungo’s Cathedral. Foi construída onde o santo padroeiro da cidade (São Mungo) foi enterrado. Aliás, é possível ver o túmulo do santo na visita à igreja.

Foi construída no séc. XII, em estilo gótico e sobreviveu intacta à Reforma Protestante de 1550, que foi um movimento reformista cristão liderado por Martinho Lutero, que através de 95 teses protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica Romana. Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes e assim foi provocada uma revolução religiosa que se estendeu por vários países europeus.

A entrada na catedral é grátis e para quem gosta de arte religiosa na praça da frente da igreja fica o St Mungo Museum of Religious Life and Art, também com entrada grátis.

Catedral de Glasgow

Túmulo de São Mungo

Bem pertinho da catedral fica a Necropolis (Cidade da Morte), um cemitério vitoriano onde mais de 50 mil pessoas estão enterradas (apesar de 50 mil pessoas enterradas, o cemitério tem apenas uns 3500 monumentos e lápides porque na época não era comum túmulos terem nome e lápide).

A primeira pessoa a ser enterrada na Necropolis foi um joalheiro chamado Joseph Levi e o primeiro que teve um memorial construído no cemitério foi John Knox, líder da Reforma Escocesa, mas, é só o monunento mesmo, porque ele está enterrado em outro local (em Edimburgo).

Necropolis

O horário do almoço já tinha passado e os nossos estômagos estavam reclamando, então fomos para a região de Merchant City “caçar” o que comer.

Merchant City é uma área de Glasgow onde no séc. XVIII existiam muitos armazéns de tabaco, mas hoje em dia é cheio de lojinhas, galerias, boutiques descoladas, bares, restaurantes e apartamentos. Ótimo lugar para dar uma passeada caminhando e ir descobrindo cantinhos.

E o que descobrimos foi o restaurante Khublai Khan, onde resolvemos entrar e escolhemos para comer um menu de hambúrguer com batata frita que tinha um precinho amigo. 🙂 Esse restaurante fechou (infelizmente!), mas era um restaurante mongol que servia carnes exóticas. No dia que fomos, escolhi o hambúrguer vegetariano, mas o Marc arriscou e pediu o de canguru (e tinha também de zebra e crocodilo!).

Depois de nos alimentar, passamos no Merchant Square, o lugar onde no séc. XIX  ficava o mercado de frutas da cidade. Hoje em dia é um local mais estiloso com vários restaurantes e bares. O ambiente estava bem animado e também estava acontecendo uma feira de artesanato por lá…

Se não estivéssemos “correndo” para ver outras coisas por Glasgow, com certeza eu sentaria em um dos bares para tomar uma cervejinha (ou duas!).

Merchant Square

Caminhamos até a George Square, principal praça da cidade. O nome da praça vem do Rei George III e por ela estão espalhadas várias estátuas e monumentos. Ao redor da praça ficam vários edifícios imponentes, mas o mais impressionante é o prédio da da Câmara Municipal.

Câmara Municipal de Glasgow

Olha, eu até queria ter “peruado” um pouco mais pela praça, mas estava rolando um protesto bem barulhento (calmo, mas barulhento!) e resolvemos ir para o próximo ponto que queríamos visitar.

Bem pertinho da George Square fica o GoMA – Gallery of Modern Art. Como o próprio nome diz, é uma galeria de arte moderna. O edifício do séc. XVIII em arquitetura neoclássica, antigamente era um centro de negócios. A entrada na galeria é grátis e lá dentro tem pinturas, esculturas, fotos, vídeos, instalações de arte.

Achei o prédio super bonito, mas esperava mais das exposições. As coisas mais legais que vimos lá dentro eu não pude fotografar/filmar e quando vi o edifício de fora, achei que seria um lugar enorme, cheio de coisas, mas a verdade é que foi uma visita “express” porque não tinha muito o que apreciar. Acredito que algumas exposições são temporárias e devem sempre mudar, então vale a pena entrar pelo menos para dar uma “olhadinha”, afinal, museu/galeria que não paga para entrar, a gente ama!!

GoMA – Gallery of Modern Art

A foto abaixo é só pra mostrar essa estátua que poderia ser “só mais uma estátua equestre” de alguém que foi importante na história, mas ela é mais que isso. A estátua é de Arthur Wellesley, Primeiro Duque de Wellington (político britânico) e desde os anos 80 começaram “enfeitá-la” com um cone. A prefeitura vai, tira o cone, e vai algum fanfarrão e coloca o cone de volta na cabeça do coitado do duque. Até sistema de câmera já colocaram para ver se conseguiam afastar os engraçadinhos da estátua, mas vemos pela foto que esse sistema claramente não está funcionando… 😛

Depois da galeria de arte, passamos pela Buchanan Street, uma rua de pedestres ótima para compras. Nessa rua também fica a Buchanan Galleries, um shopping com mais de 80 lojas.

Buchanan Street

Começamos caminhar de volta para o motorhome e no trajeto estava o The Lighthouse, um centro de design e arquitetura e também um local de eventos e exposiçoões. A entrada é gratuita, mas quando passamos por lá, estava fechando. O arquiteto do edifício foi Charles Rennie Mackintosh e ficou pronto no ano de 1895. Antigamente era onde ficavam os escritórios do jornal Glasgow Herald.

Não tivemos a oportunidade de entrar, mas dizem que a vista de Glasgow do alto da Torre Mackintosh, é muito interessante. 😉

The Lighthouse

Voltamos para o motorhome que estava estacionado no The Quay, passamos um tempinho por lá descansando e pegamos o metrô para o outro lado da cidade, uma região chamada West End.

Chegando em West End, caminhamos até a Ashton Lane, uma rua bem charmosinha, com bares, restaurantes, cinema (inclusive, um dos cinemas mais antigos de Glasgow: The Grosvenor).

Ashton Lane

Ficamos uns minutinhos por ali, observando o movimento e a fome bateu. Na Ashton Lane tem alguns restaurantes, mas estavam todos lotados. Caminhamos um pouco pra fora do burburinho e acabamos em um restaurante italiano que mais tarde descobri que faz parte de uma rede. Chama Di Maggio’s. Fomos bem atendidos, a comida estava boa e o preço foi okay, foi uma boa experiência. 😉

E assim acabou nosso dia em Glasgow. Espero que vocês tenham gostado do passeio assim como Marc e eu gostamos.

Abaixo o mapa do roteiro que fizemos caminhando por Glasgow, da Catedral até o The Lighthouse. O local onde estacionamos o motorhome, a Ashton Lane e o restaurante, deixei apenas com os pontos marcados no mapa. 😉

 

Vídeo do nosso dia em Glasgow:

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