Nosso segundo dia em Paris começou mais tarde do que esperávamos por causa de problemas nos trens. Aliás, todos os nossos dias na cidade foram pautados por greves/obras e atrasos estranhos nas linhas ferroviárias. Bom frisar que ficamos fora do centro, em um camping em Villiers-sur-Orge (uns 30km de distância do centro).
Mas, os atrasos não tiraram a beleza da cidade, apenas conseguimos ver menos do que gostaríamos, mas nada que prejudicasse tanto assim o passeio…
E antes de começar, se você chegou nesse post e não viu o primeiro ainda, aqui está o link: Paris – França – Parte 1/3
Começamos o dia pela Catedral de Notre-Dame, que teve sua construção iniciada no ano de 1163 e é dedicada a Maria, daí vem o nome Notre-Dame que significa Nossa Senhora.
A catedral fica na Praça Paris, em uma pequena ilha chamada Île de la Cité, então é rodeada pelas águas do Rio Sena. Tem arquitetura em estilo gótico e é uma das catedrais mais importantes da Europa. A visita ao interior da igreja é gratuita, mas para subir nas torres tem que pagar. Custa 10 euros e são 422 degraus. Dizem que vale muito a pena porque o visual lá de cima é incrível! Íamos subir, mas quando fomos informados que teríamos que esperar 2 horas, desistimos. Você compra o ingresso, recebe uma senha e pode escolher ser avisado por um aplicativo quando estiver chegando sua vez de subir. A ideia é boa, mas tínhamos planos de ir para outro lado da cidade, portanto, desistimos da subida.
A Catedral de Notre-Dame testemunhou alguns dos grandes acontecimentos da história francesa, como a coroação de Napoleão como imperador e a beatificação de Joana d’Arc. São 35 metros de altura e 130 metros de profundidade, acomodando até 6 mil pessoas em seu interior.
Como desistimos de subir na catedral e já tinha passado do horário de almoço, resolvemos passar em um supermercado para pegar umas saladinhas e fomos até um parque para comer. Muitos franceses (e europeus no geral) têm esse costume, de sentar nos gramados de parques para almoçar… E nós adoramos fazer isso porque economizamos uma graninha e podemos passar um tempo sentados observando as pessoas (amo!!). O gramado que escolhemos foi do parque ao redor da Torre Saint-Jacques (Square de la Tour Saint-Jacques). E são vários mercados espalhados por Paris onde você pode comprar saladas e sanduíches prontos: Carrefour, Monoprix, Franprix…
Depois de almoçar, fomos em direção ao Louvre, mas antes passamos na Pont des Arts, uma ponte para pedestres que atravessa o Rio Sena e liga o Institut de France à praça central do Palais do Louvre.
A Pont des Arts foi construída em 1804, no regime de Napoleão Bonaparte e reconstruída no início dos anos 80. Em 2008 as pessoas começaram colocar cadeados “do amor” na grade de proteção da ponte e devido ao peso, em 2014, uma parte dessa grade caiu. No ano de 2015 eram mais de 1 milhão de cadeados (imagina o peso!!), então fecharam a ponte durante uma semana para que eles fossem retirados.
Hoje em dia, as grades de proteção são de metal e vidro, com um design que não facilita a vida dos “apaixonados” e seus cadeados.
Fomos até o Museu do Louvre, um dos maiores e mais famosos museus do mundo, mas quando me dei conta do horário (umas 4 da tarde), resolvi não entrar. O museu fechava as 18 horas e entrar no Louvre pra ficar menos de 3 horas apreciando as obras não estava nos meus planos, então resolvemos deixar para o próximo dia de visita à cidade. No próximo post vou falar mais sobre o museu, por enquanto deixo vocês com uma foto da sua famosa pirâmide. 😉
Pertinho do Louvre fica o Jardim de Tuileries, um dos jardins mais bonitos de Paris e também o mais antigo.
O Jardim de Tuileries foi o jardim de um palácio que já não existe mais, foi demolido em 1883. É um lugar para passar o tempo, então se você puder, tire algumas horas para passear por ali. No jardim estão museus, algumas lanchonetes e também uma livraria.
Além de vários bancos, pelo Jardim de Tuileries estão espalhadas algumas cadeiras (pode sentar, não paga nada, rs… ). No dia que fomos, estavam todinhas ocupadas!
Saímos do jardim e fomos em direção a Place de la Madeleine. Ao redor da praça existem vários estabelecimentos comerciais, como grifes famosas e lojinhas de produtos alimentícios, entre eles, a loja da mostarda Maille e a famosa pâtisserie Ladurée.
A Ladurée, que além de pâtisserie é uma casa de chá, foi fundada em 1862 por Louis Ernest Ladurée. É super conhecida pelos macarons, um docinho fantástico, uma espécie de biscoitinho com recheio, leve, que derrete na boca, huuummm…
Os macarons como conhecemos hoje foi inventado pela Ladurée, no início do século XX e os que eles vendem nas várias lojas espalhadas pela cidade são considerados uns dos melhores de Paris. Se compramos alguns?!! Claro!!! No vídeo eu falo sobre minhas impressões desses docinhos deliciosos (e bem carinhos!). 😛
Com os nossos macarons em mãos, fomos até a escadaria da Igreja de la Madeleine para sentarmos e degustá-los com calma.
O nome da praça, vem do nome da igreja: de la Madeleine, ou seja de Maria Madalena, a quem a igreja é consagrada. Atrás do altar principal tem uma escultura bem bonita de Maria Madalena subindo aos céus, mas não deu para fotografar ou filmar direito porque estava tendo missa quando passamos por lá.
A igreja foi inaugurada em 1845, depois de 80 anos de construção. A ideia era construir uma igreja para Maria Madalena, mas então chegou a Revolução Francesa e paralisaram as obras. Napoleão resolveu que não seria mais uma igreja e sim um templo de devoção aos soldados, mas depois construíram o Arco do Triunfo e ele abandonou a ideia do templo. Bom, no fim das contas, virou uma igreja mesmo! 😀
Como já era fim de tarde e a maioria dos monumentos e museus fecham entre 17 e 18 horas, fomos caminhar mais um pouco pela cidade e aproveitar a luz do sol da primavera (que se põe bem tarde!).
Caminhamos até a Ópera Garnier ou Palais Garnier. O edifício, projeto de Charles Garnier, foi construído entre 1861 e 1875, e é um dos monumentos mais importantes da cidade. Reúne varios estilos arquitetônicos e dizem que a decoração interior é maravilhosa.
Quem encomendou a construção do edifício foi Napoleão III (sobrinho e herdeiro de Napoleão Bonaparte). A visita custa 11 euros, e não entramos porque quando chegamos lá já estava fechado. Foi essa ópera que inspirou o Fantasma da Ópera e mesmo não vendo por dentro, dá para perceber o quanto o edifício é luxuoso e imponente. A sala de espetáculo tem aproximadamente 2000 lugares e dizem que o bom mesmo, para quem tem a oportunidade, é assistir um espetáculo e assim poder sentir todo o glamour do Palais Garnier.
Já estávamos cansados, mas ainda dava tempo de ver mais um lugar, então corremos para as Galeries Lafayette.
A Galeries Lafayette é um dos endereços clássicos de consumo em Paris. É uma loja de departamento com vários andares e tem seção masculina (tem também a Lafayette Homem, uma loja inteirinha só pra eles!), feminina, infantil, cosméticos, acessórios, um edifício para os produtos gourmet e artigos para a casa e muitos artigos luxuosos de lojas de grife como Dior e Chanel.
Mas não fique triste se você não tiver muita grana (assim como eu, hehe…), na loja também dá pra encontrar uns produtinhos mais acessíveis e tem uma parte maravilhosa com souvenirs e coisinhas foférrimas, desde chaveiros até Torre Eiffel de todo tamanho e cor! Também dá pra tomar um cafezinho por lá ou fazer uma refeição em uma das lanchonetes ou restaurantes.
E mesmo que você não for comprar nada, vale o passeio porque a loja é linda por dentro. São três edifícios, e a cúpula Lafayette (a que visitamos) é a principal, maior, mais antiga e tem uma cúpula de vitrais coloridos impressionante.
Queríamos ir no terraço porque tem uma vista linda de Paris, mas já estava fechado. Existem outras Galerias Lafayette na cidade, é a mesma loja, mas são menores e não tem o charme que a cúpula Lafayette tem. No mapa que eu deixo no fim do post, tem a localização certinha para você não se enganar na hora de visitar a loja… 😉
A Galeries Lafayette já estava fechando e era hora de voltarmos pra “casa”. Caminhamos até a estação de trem, mas antes passamos na Rue Saint-Honoré, mais um endereço luxuoso de Paris. A rua é o lugar das lojas de grifes (Chanel, Empório Armani, Gucci…) e também de gastronomia e cultura. A continuação dela, a Rue du Faubourg Saint-Honoré, é no mesmo estilo, com museus, teatros, livrarias, galerias de arte, cafés, restaurantes e bares. Tudo no maior estilo chiquetoso da Cidade Luz.
Amores, esse foi nosso segundo dia na capital francesa, e voltarei com o terceiro post com a nossa despedida da cidade… Abaixo o mapa do nosso percurso e o vídeo. Beijocas… :* :*
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