Olá! Hoje vou apresentar para vocês um dos museus mais importantes de Londres e eu diria que pelo seu acervo, é também um dos museus mais importantes do mundo.
Estou falando do Museu de História Natural (Natural History Museum) que como o próprio nome diz trata da história natural do planeta Terra.
Se você quiser conhecê-lo quando estiver na cidade, a estação de metrô mais próxima é a South Kensington e também várias linhas de ônibus param perto do museu.
A intenção desse post além de mostrar um pouco do Natural History Museum é dar algumas dicas para facilitar sua visita.
O Museu de História Natural fica em uma região chamada South Kensington e ele é um os três principais museus da Exhibition Road, os outros dois são o Science Museum e o Victoria and Albert Museum (todos eles com entrada gratuita).
Apesar de não cobrar taxa de admissão, o ideal é que sua visita seja reservada antecipadamente no site do museu. Também acontecem eventos especiais e exposições temporárias e esses são cobrados, no site tem mais informações sobre essas atividades.
Esse museu tem um acervo variado com mais mais de 80 milhões de exemplares, que abrangem 4,5 bilhões de anos, incluindo esqueletos de dinossauros, espécimes únicos de flora, fauna, rochas e fósseis. É também um centro de pesquisa científica de referência mundial.
Ele surgiu através da coleção do médico e colecionador Sir Hans Sloane, que viveu entre 1660 e 1753.
Sloane viajou por muitos anos coletando espécimes e objetos relacionados à história da natureza e quando ele morreu foi feita sua vontade e sua coleção foi vendida para o governo britânico por um preço bem abaixo do valor de mercado na época. A coleção incluia plantas secas, fósseis, esqueletos e a princípio, no ano de 1756, foi alojada na Montagu House, que era a sede do Museu Britânico.
Ficou sendo uma seção do Museu Britânico, mas ele precisava de um prédio separado pois o espaço que ocupada era bem limitado. Então o terreno em South Kensington foi comprado em 1864 e foi realizado um concurso para escolher um projeto para o edifício.
Quem venceu esse concurso foi o engenheiro civil Capitão Francis Fowke, que morreu logo depois. O arquiteto Alfred Waterhouse assumiu a obra.
O prédio foi construído entre 1873 e 1880 para abrigar a coleção, mas foi só em 1963 que o Museu de História Natural foi separado formalmente do Museu Britânico.
O edifício onde está instalado o museu é muito bonito, a fachada é de terracota, típica da arquitetura vitoriana.
Esse revestimento foi escolhido propositalmente, para suportar a poluição de Londres na época que o prédio foi construído.
Olhando de perto e prestando atenção nos detalhes, veremos esculturas em relevo de flora e fauna, com espécies extintas e outras que ainda existem.
O museu possui duas entradas, uma na Exhibition Road e outra na Cromwell Road, onde fica a porta principal, que dá acesso ao impressionante Hintze Hall.
Nele fica o esqueleto de uma baleia azul, chamada de Hope, que pesa 4 toneladas e meia e tem um pouco mais de 25 metros de comprimento. Ele foi disposto de uma forma que parece que está nadando pelo salão do museu.
Nesse mesmo local onde está Hope, até o ano de 2017 costumava ficar outra peça, o Dippy, que é a réplica do esqueleto de um dinossauro da espécie diplodoco. Após 112 anos em exibição no museu a réplica foi fazer uma turnê ao redor de outros museus britânicos e dei sorte durante a visita que fiz no ano passado e pude vê-lo porque ele estava em exposição temporária no Natural History Museum. No momento que escrevo esse post Dippy está no The Herbert Art Gallery and Museum, em uma cidade chamada Coventry, que fica no centro da Inglaterra.
No Hintze Hall ficam várias peças, quando você for até lá procure pelo esqueleto de um mastodonte que foi extinto há cerca de 13 mil anos e pelo esqueleto de um Mantellissauro de 122 a 129 milhões de anos, que é um dos fósseis de dinossauros mais completos já descobertos no Reino Unido.
E vai ser praticamente impossível não ver o esqueleto de uma girafa ao lado de uma girafa taxidermizada, ou seja, empalhada.
Olhando pra cima, para o teto do Hintze Hall podemos admirar os 162 painéis com pinturas de plantas do mundo todo.
O museu é dividido em 4 zonas.
A Zona Verde é dedicada a insetos, aranhas e outros bichos rastejantes, minerais, pedras preciosas e fósseis. Também nessa zona existe um lugar projetado especialmente para famílias com crianças com mais de 7 anos, chamado Investigate Centre e nele tem mais de 300 exemplares para explorar, as crianças podem tocar e saber mais sobre fósseis, besouros e minerais.
No momento que escrevo esse post o Investigate Centre está fechado, sem data prevista para abrir novamente. Para saber mais informações, consulte o site oficial do museu.
Além da Zona Verde, tem a Zona Azul, que tem dinossauros, mamíferos, peixes, anfíbios, répteis e animais marinhos invertebrados.
Essa costuma ser a área favorita das crianças por causa dos modelos de dinossauros em tamanho real.
A Zona Vermelha, que é sobre o planeta Terra com materiais sobre vulcões, terremotos, evolução humana, pedras preciosas e rochas.
Destaque para um esqueleto de estegossauro.
E tem também a Zona Laranja, onde fica o centro Charles Darwin que é um anexo em forma de casulo que abriga laboratórios, salas de exibição, uma exposição de plantas e insetos e também o Jardim Selvagem (Wildlife Garden).
O Wildlife Garden está fechado até o início de 2024, para mais informações, consulte o site oficial do museu.
No Darwin Center é possível conhecer os bastidores e ver itens que não estão em exposição ao público em geral pagando uma taxa e fazendo o Behind the Scenes Tour: Spirit Colletion. Custa £25,00 e além aprender mais sobre os métodos de pesquisa do centro e ver os 27 quilômetros de prateleiras cheia de “tesouros escondidos” entre os 22 milhões de espécime alojados no local, você poderá apreciar uma lula gigante de mais de 8 metros de comprimento.
O museu tem lojas, cafeterias e lanchonetes e você também pode levar sua própria comida porque existe um espaço específico para piquenique que fica no andar térreo na Zona Verde.
Opções de locais para comer dentro do museu:
- T. Rex Grill – localizado na Zona Verde, serve hambúrgueres, pizzas, frango grelhado, saladas e sorvetes. Opinião pessoal: não recomendo esse local para comer, a comida não é boa e os preços são altos para o que é servido.
- The Kitchen – localizado na Zona Vermelha, serve sanduíches, wraps, saladas, bolos, além de almoço especial para crianças.
- Central Cafe – fica na Zona Azul, serve sanduíches, saladas, salgadinhos, bolos, doces e frutas.
- Darwin Centre Cafe – localizado na Zona Laranja, serve sanduíches, saladas, frutas, doces e salgadinhos.
Outros passeios para fazer em Londres:
O Natural History Museum abre de segunda à domingo das 10h00 às 17h50 (a última entrada é às 17h30) e fecha de 24 a 26 de dezembro.
É sempre bom dar uma checada nos horários no site antes de visitar.
O museu tem muito a oferecer e em poucos parágrafos de informações e algumas fotos é impossível passar tudo o que tem por lá. Por aqui temos apenas um “petisco” e acredito que é um museu para ser visitado mais de uma vez, para ser degustado aos poucos.
Para quem estiver viajando com crianças, com certeza é uma das melhores coisas para se fazer em Londres e lembrando que do lado fica o Science Museum que também é ótimo de visitar com os pequenos.
Reserve de 2 a 3 horas para ver as atrações principais e se quiser fazer uma visita um pouco mais tranquila, evite os finais de semana.
Existe um serviço de guarda-volumes dentro do museu, é pago e o preço muda conforme o que for guardado. Um guarda-chuva custa £2,00, um casaco £3,00, bolsas com mais de 4 kg custa £7,00.
Caso queira otimizar o passeio, próximo ao museu fica o Hyde Park, o Kensington Gardens e o Kensington Palace e a Harrods, aquela loja de departamentos famosa e chique.
Nos últimos anos se fala mais do que nunca sobre como os principais museus de Londres surgiram. Existem questões éticas a serem abordadas e muito o que discutir.
No Natural History Museum tem algumas plaquinhas que dizem o seguinte: “O Museu de História Natural foi fundado no contexto do império, colonialismo e exploração. Reconhecemos que as marcas desse legado existem em nossas coleções e galerias. Iniciamos uma revisão para entender a história de nossa instituição. Usaremos esta pesquisa ter um olhar detalhado sobre nosso acervo e nossa história, a fim de contar a história completa das origens do museu e das pessoas nele representadas. Este projeto é um dos muitos passos que estamos dando para tornar o Museu de História Natural uma instituição diversificada e inclusiva, parte fundamental da nossa nova estratégia. Se você quiser saber mais sobre nosso trabalho e abordagem, visite nhm.ac.uk/diversity-and-inclusion“
Opções de hospedagem perto do Museu de História Natural de Londres:
Vídeo que fiz mostrando mais do Museu de História Natural:
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