Destinos

Bruxelas – Bélgica

14/06/2018

Bruxelas é a capital da Bélgica e também da região de Flandres e da União Européia. As origens da cidade vêm de uma fortaleza do séc. X, fundada por um descendente de Carlos Magno. Bruxelas tem mais de 1 milhão de habitantes e se contarmos a área metropolitana, quase 2 milhões. A cidade é sede da OTAN e do Parlamento Europeu.

Em Bruxelas se fala o francês e o neerlandês (no vídeo eu falo “flamengo”, mas depois li na Wikipédia que esse não é o termo correto para se dirigir a língua neerlandesa falada na Bélgica). E pelas experiências que tivemos, muita gente na cidade também fala inglês.

Passamos apenas um dia em Bruxelas e como o clima estava bem agradável, aproveitamos para fazer o máximo de passeios ao ar livre.

Começamos o nosso roteiro pela Grand Place (Grote Markt), a praça central de Bruxelas. Nela fica a a Câmara Municipal (Hôtel de Ville de Bruxelles) e a Casa do Rei (Maison du Roi/Broodhuis), onde fica instalado o Museu da Cidade de Bruxelas.  A praça é rodeada por edifícios lindos de diferentes períodos arquitetônicos e é Patrimônio Mundial pela Unesco desde 1998.

Grand Place “bagunçada” porque estavam montando a estrutura de um evento.

Quando chegamos na Grand Place, estavam montando um evento, então o local estava bem barulhento, com bastante gente (como estava cheia de caminhões e arquibancadas, não sobrou muito espaço para os turistas se movimentarem), e praticamente impossível de tirar fotos “decentes” dos edifícios, rs…

A Câmara Municipal fica instalada em um edifício em estilo neogótico construído no séc. XV. A torre tem 96 metros de altura, e no topo fica uma estátua do arcanjo Miguel, que é o santo padroeiro da cidade. A fachada é decorada com várias estátuas.

Câmara Municipal de Bruxelas

Todo ano par, no mês de agosto, a praça é coberta com um tapete de flores. Como nossa visita a cidade foi em 2017 (ano ímpar) e não foi no mês de agosto, não vimos essa belezura. Mas, para quem puder se programar para ver o famoso evento, nesse site tem mais informações: clique aqui (em inglês).

As guildas comerciais tinham suas sedes nos edifícios ao redor da praça, mas elas foram fechadas no séc. XVIII. Logo em seguida, sem manutenção e cuidados, os prédios começaram a deteriorar. Algumas décadas mais tardes eles foram restaurados.

Na Grand Place também fica a Casa do Rei (Maison du Roi), onde fica instalado o Museu da Cidade de Bruxelas. No séc. XIII, era onde ficava o mercado de pães, portanto, um outro nome para o local é Broodhuis (casa de pães). No séc. XIV e XV foi usado para sediar os escritórios do Ducado de Brabante, o que levou o edifício a ser chamado de Casa do Duque. Depois da adesão do Duque Carlos V ao trono da Espanha, começaram a chamar de Casa do Rei.

Maison du Roi em Bruxelas

Estou aqui escrevendo sobre a Grand Place e os edifícios que a rodeiam e pensando “nossa, não acaba nunca o assunto sobre essa praça!”. E isso porque estou dando apenas uma pincelada bem superficial sobre o todo, se formos escrever tudo sobre o local, com certeza daria um livro!!

Mas vamos lá, continuando…

Na praça você também vai encontrar o Museu da Cerveja. Não visitamos esse local, mas pelo que li em blogs brasileiros, gringos e opiniões no TripAdvisor, o local é um famoso “pega turista”. Custa 5 euros por pessoa com direito à degustação (uma taça de cerveja). Pelas informações que pesquisei, não vale a pena perder tempo. O local apresenta poucas informações sem muito conteúdo. Como não visitei, apenas estou falando sobre o que vi na internet, indico ler esse post sobre o museu, da Gisele, do blog Destinos Por Onde Andei…

E além de todos esses lugares que comentei (e outros que nem toquei no assunto, rs…), ao redor da praça tem vários restaurantes, cafés e chocolaterias. Dá pra passar um par de horas por lá sem nem perceber. Mas, confesso que a bagunça que estava quando passamos por lá, me fez ter vontade de sair dali correndo e visitar outras coisas (e lugares mais tranquilos!). E foi o que fomos fazer! 😀

Da Grand Place caminhamos até a Delirium Village, onde fica um complexo de bares. Nosso “alvo” era o Delirium Café, o bar com a maior carta de cervejas do mundo (está no Guinness Book). São mais de 3000 rótulos para você escolher! Começamos nossa visita pelo Delirium Tap House, um bar com 27 tipos de cerveja “on tap” (chopp). Depois descemos as escadarias até o Delirium Café. Tomamos nossa cervejinha e “fugimos” para continuar o passeio, mas na verdade a vontade era passar a tarde ali, provando cervejas de todo o mundo, hehe…

Delirium Village

Na ruazinha da Delirium Village, fica a Jeanneke Pis (traduzindo: menina a urinar), uma estátua de bronze, de meio metro de altura, de uma garotinha fazendo xixi. Criada por Denis Adrien Debouverie, inaugurada em 1987, é a versão feminina do Manneken Pis, que falaremos mais tarde.

O criador disse que ela é um símbolo de lealdade mas tem quem acredite que foi colocada nesse lugar apenas para atrair os turistas para a região.

Jeanneke Pis

Para chegar e sair da Delirium Village, passamos pela Rue des Bouchers, uma rua bem turística e com vários restaurantes. Um bom lugar (turístico!!) para se comer moules frites (mexilhão com fritas), que é um prato típico da Bélgica. Nessa rua não passam carros e o espaço é tomado pelos pedestres, mesas e cadeiras. É aquele tipo de rua onde os garçons ficam fora dos restaurantes com o cardápio na mão, chamando para comer (particularmente não curto esse tipo de “assédio”).

Caminhamos até Les Galeries Royales Saint-Hubert, construídas em 1847 para que a classe burguesa pudesse fazer suas compras sem precisar ir nos bairros mais pobres ou perigosos de Bruxelas. No século XIX, artistas e intelectuais também costumavam freqüentar o local que tem uma arquitetura super elegante.

Hoje em dia é frequentada por todos os tipos de pessoas e nas galerias você encontra lojas, bares, restaurantes, joalherias, chocolateiras, teatro, cinema…

De lá, íamos seguir para a catedral, mas mudamos de ideia e fomos comer waffles na Maison Dandoy (Rue Charles Buls, 14). Esse local não é o mais barato para se comer um waffle em Bruxelas, mas pesquisei na internet sobre os melhores da cidade e a Maison Dandoy foi citada várias vezes. Pagamos 7 euros em dois waffles (um waffle de Liege e um waffle de Bruxelas), e estavam deliciosos, principalmente o de Liege, que é o nosso preferido.

Com a pancinha cheia, fomos para a Catedral de São Miguel e Santa Gudula, igreja católica romana, e um dos edifícios mais emblemáticos de Bruxelas. Considerada principal igreja católica da Bélgica, a construção começou no séc. XIII, onde antes já existia uma outra igreja. Demorou uns dois séculos para ficar pronta. Nos anos 80 a catedral passou por uma restauração.

Não paga para visitar, então entramos para dar uma “bisbilhotada” e logo seguimos para outro destino…

Catedral de São Miguel e Santa Gudula

Nosso próximo ponto visitado foi o Mont des Arts, uma praça em homenagem as artes. Essa região é um centro cultural, com vários museus e galerias de arte.

No final do séc. XIX, o Rei Leopoldo II teve a ideia de construir esse local, voltado às artes, mas demorou 50 anos para ser construído. Situada em uma colina, entre o Palácio Real e a Grand Place, antigamente, nessa região ficava um bairro residencial, mas para colocar os desejos do rei em prática, as casas foram destruídas.

Mesmo que você não goste de museus, vale a pena visitar o Mont des Arts, porque a vista lá de cima é muito bonita (rende pelo menos uma fotinha pro Instagram!).

Mont des Arts

Um dos museus do Mont des Arts é o Museu do Instrumento Musical, que fica instalado num edifício com arquitetura estilo Art Nouveau, construído entre 1898 e 1899 para abrigar os armazéns Old English. A entrada custa 8 euros.

Museu do Instrumento Musical

Como não queríamos visitar nenhum museu (até queríamos, mas só tínhamos um dia em Bruxelas e preferimos conhecer outros lugares, já que o dia estava ensolarado), continuamos caminhando até a Place Royale, mais um ponto turístico importante da cidade.

Por sete séculos, a sede do governo da Bélgica foi o Palácio de Coudenberg. Em 1731 ele pegou fogo e não foi reconstruído. No terreno onde ele ficava, foi construída a Place Royale.

Igreja de Saint Jacques-sur-Coudenberg, na Place Royale em Bruxelas.

A igreja original que fazia parte do palácio, sobreviveu ao incêndio, mas não resistiu aos planos da nova praça, então a construção de uma nova igreja começou em 1776, que é a Igreja de Saint Jacques-sur-Coudenberg que vemos na foto acima. Em 1831, o Príncipe Leopoldo veio a ser o primeiro rei dos belgas e foi nos degraus dessa igreja que ele foi coroado. A torre do sino foi adicionada ao edifício no séc. XIX.

Pertinho da Place Royale fica o Palácio Real de Bruxelas, o palácio oficial do rei. Nesse palácio ele concede audiências, eventos, recepção de chefes de estado… é onde fica o escritório dos monarcas. A construção do edifício começou no princípio do séc. XIX e depois sofreu remodelações e reformas.

Durante a maior parte do ano, só é possível admirar de fora, mas no verão abre para o público e a entrada é gratuita.

Palácio Real de Bruxelas

Na frente do palácio fica o Parc de Bruxelles, maior espaço verde da cidade. O parque era propriedade dos governantes de Bruxelas, mas hoje em dia é um espaço público, um lugar onde os habitantes da cidade vão para relaxar, se exercitar, fazer um piquenique…

Parc de Bruxelles

Demos uma volta rapidinha pelo parque e caminhamos umas quadras até a Place du Petit Sablon, um jardim com várias estátuas de bronze e com a fonte dos condes de Egmont e Horn. Esses dois condes foram importantes na resistência contra a tirania espanhola e quando os executaram, aconteceram protestos que acabaram levando à independência do país.

Place du Petit Sablon

Praticamente na frente da Place du Petit Sablon, fica a Igreja Notre Dame du Sablon,  uma das igrejas em estilo gótico mais bonitas da Bélgica.

Construída no séc. XV, onde antigamente ficava uma outra capela. Sua construção foi com o objetivo de venerar a estátua de uma virgem, trazida da Antuérpia por uma jovem chamada Beatrice. Beatrice entregou a imagem aos responsáveis pela capela que existia no local e logo o lugar se transformou em destino de peregrinação, por isso foi construída uma igreja maior.

Igreja de Notre Dame du Sablon

Do ladinho da igreja fica a Place du Grand Sablon, um local com várias chocolaterias, restaurantes, lojas de antiguidades, cafés… No final de semana acontece uma feira de livros e antiguidades no local e é uma área bem agitada a noite (com vários barzinhos!).

Place du Grand Sablon

Place du Grand Sablon

E “finalmente” fomos caminhando até o nosso último ponto turístico do dia, o famoso Manneken Pis, um dos símbolos da cidade.

E apesar de ser um dos pontos turísticos mais simbólicos de Bruxelas, ele está longe de ser algo imponente… Composto de uma pequena fonte com uma estátua de um menino fazendo xixi, que tem uns 60 cm de altura. A fonte existe desde o séc. XV, mas no final do séc. XVII foi quando começou ser algo importante.

Hoje em dia faz parte do folclore de Bruxelas e existem várias lendas sobre a origem da estátua, a mais “bizarra” pra mim, com certeza é a lenda que diz que o menininho retratado salvou Bruxelas de um incêndio com seu xixi (oi?!?!).  Em datas especiais o Manneken Pis usa roupinhas temáticas e a coleção de outfits conta com centenas de looks que ficam em exposição no Museu da Cidade.

Esse foi nosso passeio por Bruxelas e espero que vocês tenham gostado!

Mapa do nosso roteiro pela cidade:

Vídeo de Bruxelas:

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4 Comentários

  • Resposta Natacha 12/11/2018 at 12:42 pm

    Fui ler agora (depois de já ter ído) a versão feminina fazendo xixi, eu simplesmente não encontrei, meu GPS se perdia várias vezes nos arredores da Grand Place, para achar o Manneken já foi um martírio, e estavam bem cheias as ruas. Infelizmente não me liguei de ir no Palácio :/. Tivemos muitos problemas ao chegar lá (onde eu havia reservado para hospedagem não era 10% da descrição), e acabei por passear pelos lugares principais, mas ao mesmo tempo me perdendo um pouco pelos bairros encontrei muitas lojas Geek que adoro. beijos prô ceis!

    • Resposta Maureen Garcia 03/01/2019 at 10:14 am

      Oi Natacha!! A Jeanneke Pis fica na mesma rua do Delirium Village. No finalzinho da rua (que é sem saída), do lado direito. 😉 Viagens são assim mesmo, nem tudo sai como planejamos e de certa forma é bom para nos tirar da zona de conforto e para aprendermos lidar com as mudanças de planos (principalmente as repentinas, hehe…). Que bom que encontrou várias lojas que gostou!! Um beijo!!

  • Resposta Gisele Prosdocimi 06/07/2019 at 2:07 am

    Olá Maureen, amei o post, realmente um retrato fiel de Bruxelas, cidade que amei conhecer. Ainda quero voltar e curtir demais esta cidade incrível e com energia maravilhosa. Obrigada pela menção ao meu blog Destinos por onde andei…, grande abraço.

    • Resposta Maureen Garcia 21/08/2019 at 4:59 pm

      Oi Gisele!! Que bom que gostou do post! 🙂 E obrigada pela sua ajuda com o post da visita ao Museu da Cerveja. Um abraço!

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